Título: Anna e o Beijo Francês
Autor: Stephanie Perkins
Sinopse: Anna Oliphant tem grandes planos para seu último ano em Atlanta: sair com sua melhor amiga, Bridgette, e flertar com seus colegas no Midtown Royal 14 multiplex. Então ela não fica muito feliz quando o pai a envia para um internato em Paris. No entanto, as coisas começam a melhorar quando ela conhece Étienne St. Clair, um lindo garoto -que tem namorada.Ele e Anna a se tornam amigos mais próximos e as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Anna vai conseguir um beijo francês? Ou algumas coisas não estão destinadas a acontecer?

Pois bem, o que posso falar de Anna e o Beijo Francês? Foi uma leitura gostosa que me envolveu o bastante pra me fazer ler em apenas um dia. Se tem uma palavra que eu posso usar para descrever, é: real. Quando digo real, quero dizer que é uma atípica história em que você lê tal cena e pensa: nossa, se eu estivesse no lugar da Anna, faria o mesmo que ela nessa situação.

Resumindo rapidinho a história: Anna morava em Atlanta até que seu pai a matricula em um internato em Paris; a viagem indesejada faz a mesma ir com a cara amarrada. Aos poucos, em meio a uma história muito bem desenvolvida, Anna se deixa levar pela Cidade Luz. Não só pelo romance que a cidade traz consigo, mas também pelas amizades que ali cria e um lar se torna para ela. Anna deixa para trás Bridgette, sua melhor amiga e Toph, seu quase-namorado que lhe aprontam uma daquela, mas para compensar conhece Meredith, Rashimi, Josh e St. Clair... *suspiros* Ahhhhh, St. Clair... St. Clair - conhecido como Étienne quando você o ama, não é mesmo, Anna? - é um rapaz inglês-americano-francês (sua nacionalidade é a que melhor convém na situação), que é fofo, que todos gostam, que cativa Anna, tornando-se seu melhor amigo e também que tem namorada. Não que a namorada seja um empencilho para eles... Mas enfim, a trama é boa mesmo!

A escrita da autora, o modo como ela narra e usa as palavras te leva a conhecer Paris junto com Anna que, por um acaso, é normal, esperta na medida certa (comemoremos: nada de esperteza surreal) e eu juro de pé junto que o pai  dela - citado várias vezes como um autor de romances clichês, em que o personagem se apaixona, contrai uma doença e morre, que de livros são adaptados para o cinema - é Nicholas Sparks, é sério! Só eu vi aí uma semelhança? Anna sente o que normalmente eu sentiria se tivesse um St. Clair na minha vida, e foi exatamente isso (não os sentimentos dela em si, mas sim o modo em que Stephanie descreve e encaixa os sentimentos de Anna jeito certo e no momento certo) que me cativou no livro. Além dos mais, os personagens tem personalidades bem construídas.

A leitura flui tão bem, as cenas e a narração tão boas que você se aconchega no cantinho do sofá e só lê. É divertido o modo que as coisas simplesmente... acontecem! Não sei como explicar essa sensação familiar que eu tive com esse livro - com a vida de Anna, apesar da minha ser totalmente parada. Não fiquei entediada em momento algum, sem contar que Anna também não conseguiu me passar raiva; Acontece que você, simplesmente, entende o porquê dela estar fazendo tal coisa. Já disse isso no começo do post, mas reforço: você não consegue não parar em alguma parte do livro e pensar que você reagiria da mesma forma que a personagem se estivesse naquela situação.

O único problema - o que estraga meeeeeeeeeesmo o livro - é Stephanie ter confeccionado um charmoso rapaz inglês-francês-americano bom demais pra ser verdade e não ser distribuido a cada exemplar vendido. Apesar de ter pego o livro emprestado com a Juliana, se viesse um Étienne de brinde eu não hesitaria em comprá-lo!

Recomendo o livro, não só pela leitura ser agradável mas também por encher nossos olhos com uma história bem singela. Vale um 5 (de 5).

Essa resenha foi especial para minha amiga Wanessa - espero que ela esteja satisfeita pela falta de crítica.
Beijos, pessoas e até a próxima resenha que virá em breve (provavelmente Antes que eu vá). :)