Resenha: A cidade do sol

Título: A cidade do sol
Autor: Khaled Hosseini
Sinopse: Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela história, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a história continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.

Bom, "A cidade do Sol" não é o livro *super lançamento do momento* e, desde que eu entrei na biblioteca do IF, lá estavam três exemplares na prateleira instigando pouca curiosidade em mim. Estou no meu segundo ano no IF e só agora tive a coragem de pegá-lo para ler. Admito que essa demora e preconceito foi um pouco por causa da capa alaranjada semelhante ao livro O caçador de pipas, além de serem escritos pelo mesmo autor. Mas o ponto não é esse.

Na verdade, foi uma surpresa ter gostado tanto do livro, apesar de não ter entrado para a lista de favoritos. Dividido em partes, o livro conta a história de Mariam e Laila, como são as suas vidas distintas, e logo, como as mesmas vidas se entrelaçam. É uma história de puro sofrimento, uma dura realidade de ambas as partes e a falta de controle que elas têm em suas vidas. É emocionante ver como Khaled transmite pelas palavras toda aquela realidade. É uma droga não ter outra palavra pra descrever o livro além de "realidade".

É quase inacreditável as circustâncias em que essas duas mulheres se submetem e se dispõem a enfrentar. Gosh, dói tanto o coração! Acho que pelo livro ser tão real, você sabe que por mais que doa, por mais que seja cruel, é o que vai acontecer porque tem que acontecer; porque não tem ninguém ali para apoiá-las, se não elas mesmas, muito menos há quem as proteja.

Odeio não ter as palavras certas para essa resenha. Recomendo o livro por ser emocionante, mas tão emocionante que me arrancou lágrimas e eu juro que isso não acontece sempre. Minha avaliação fica em 5 (de 5). Se eu estivesse em meu estado de crítica normal, eu não daria 5, mas a realidade empregnada nesse livro me tocou fundo, realmente. Perdoem-me pela resenha entediante, onde eu disse "realidade" várias vezes, o suficiente pra se tornar repetitiva, mas a crueldade me deixou sem palavras e fez juz a avaliação.

Até mais,
Bianca.

PS: Bom, eu não abandonei o blog, pessoal. E nem pretendo! O que anda acontecendo é que eu ando muito desligada. Quando vi a diferença de 6 dias entre os dois últimos posts, me assustei pois não imaginava quanto tempo já havia passado. Mas, garanto que continuarei aqui, com a ajuda da Wanessa.
Ah, eu adoraria saber a opinião de vocês quanto ao conteúdo do blog - pretendo fazer um post com minhas últimas compras, de roupas e bijouterias, o que vocês acham?

Bianca

7 comentários:

  1. Eu já quase peguei esse livro para ler, mas desisti na hora, e olhei pra outra capa qualquer. Amei ler O Caçador de Pipas, então acredito que esse livro seja no mesmo ~nível~.

    Se gosta desse tipo de livro, o tipo que mostra a tão citada realidade, super recomendo "Persépolis" (é uma auto-biografia de uma mulher iraniana - em quadrinhos! - que conta as dificuldades em ser mulher no oriente e expressar a opinião, MUITO bom).

    E posts pessoais são sempre legais <3

    Beijos, beijos, Marina.

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    1. Sabe que eu não curti muito O caçador de pipas? Todo mundo quer me dar um tapão quando comento isso, mas achei uma leitura tão confusa. Não me lembro se eu tava em um péssimo momento pra leituras quando eu realizei a leitura desse livro, mas acho válido dar uma outra chance qqr dia desses. Obrigada pela sugestão, o livro parece ser diferente já que é em quadrinhos, parece uma proposta legal.

      Beijos e obrigada pela opinião!

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  2. Oi, Bianca! Que vontade de ler! Own. :( Gostei muito da resenha, e ao contrário do que você disse, as palavras que escolheu ficaram perfeitas com a história/capa/sinopse. Gostei muito! E, sobre os novos posts, acho que você tem que ir fundo, sem medo da reprovação! Sou suspeita pra falar porque sou apaixonada por blogs pessoais. E ainda que não gostasse, acho que você deve escrever sobre o que quiser. Afinal, o blog é seu e somente você tem a obrigação de se sentir satisfeita com o que posta. A aprovação dos leitores é consequência disso, entende? Mas, de qualquer forma, gostei muito da ideia! Faça sim. E, se for uma forma de se manter ainda mais ativa, faça mesmo! Hahah. Beijão! ^^

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    1. Sou muito lerdinha, escrevi toda uma resposta para o comentário e fechei a aba, é pedir pra morrer, rsrs. Enfim, quero dizer que levei um sustão quando fui entrar no seu blog com a url antiga e me apareceu um "blog não encontrado"! Você é uma graça. Obrigada você então pelas suas palavras! Compartilhamos a mesma opinião sobre novos conteúdos, eu sei que o blog é meu e eu posto o que eu quiser, o que eu gosto, como diz na descrição do blog, mas é tão bom arriscar a pedir opiniões e receber uma resposta tão amorzinho como a sua! Vou é fazer isso mesmo, você está mais que certa, rs. Queria muito mudar um pouco o rumo do blog, só para variar um pouco, é algo que vai complementar o conteúdo de uma forma legal, pelo menos, pra mim. Gosto tanto de compartilhar os resultados dos meus dias de consumista junto com minha mamis, rs. Mais uma vez, obrigada. Beijoo!

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  3. Muito boa a resenha! Não estou no momento de ler livros tão intensos e tristes assim, por isso vou deixar essa para o futuro.
    Mas realmente ouço falarem muito bem da história e da narrativa do autor.
    É sempre incrível quando um livro nos toca dessa maneira, e quando a realidade consegue transpor as páginas.
    Sua resenha não ficou nem um pouco entediante, pelo contrário, ficou ótima!

    Beijos,
    Tatha
    www.houseofchick.com

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  4. Oi Bianca, tudo bem? Eu sou suspeita pra falar desse livro, porque dos dois ( A cidade do sol e ele) Ele é o meu favorito, e como você disse, ele é real, e dói saber que coisas desse tipo ainda acontecem em Cabul. Me apaixonei pelas duas personagem e fiquei feliz e triste no fim, e também chorei muito com algumas coisas. Principalmente por causa da Mariam.
    Abraços

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    1. Nossa, chorei muito por causa da Mariam. É uma realidade tão triste de se ler :(

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