Tempestade de Estrelas | Resenhas, novidades literárias, músicas, séries e etc...
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Eu tô na maior vontade de enviar um email para as autoras desse livro e dizer: olhem aki, kiridinhas, como vocês ousam????? 

Never Never é uma trilogia escrita por Colleen Hoover (preciso dizer mais alguma coisa?) e Tarryn Fisher. Apenas dois dos três livros foram publicados mas adivinhem... eu não sabia. Então, achando que eram apenas dois livros, eu devorei ambos em uma noite. Quando fui lendo a parte dois, engolindo palavra por palavra, as páginas foram acabando e o mistério nada de ser resolvido quando eis que me surge reticências ao invés de um ponto final e a amada palavra: CONTINUA. Vocês não imaginam o quanto eu fiquei pilhada em saber que tinha feito a burrice de não conferir se o segundo era realmente o fim da série. Não faça isso em casa. Esse livro só pode ser lido se você tiver em mãos os outros dois. É altamente recomendado que você embarque na leitura sabendo dos perigos.

Quando Charlie leva um choque de realidade, como se estivesse acabado de acordar de um sonho vazio e escuro, ela repara que está em um lugar que não reconhece e não sabe nem sequer seu próprio nome. Aos poucos, coleta as informações ao seu redor: ela está numa sala de aula. O mesmo acontece com Silas a alguns metros de distância. E com o passar das páginas, reparamos que estamos tão esquecidos quanto os personagens. Seus passados são tão misteriosos para nós quanto para eles. Descobrimos junto com Charlie e Silas que eles são namorados há longos quatro anos, melhores amigos por uma vida inteira e que algo está errado mas ninguém faz ideia do que.

Charlie e Silas, mesmo sabendo que existe um abismo entre eles, se juntam em busca de respostas. Juntos, descobrem um pouco sobre suas famílias, sobre seus costumes e sobre o relacionamento entre eles. O casal está marcado um no outro de forma que nada no mundo seria capaz de apagar e retirar um de dentro do outro. É uma relação muito íntima mas ainda assim desconhecida por esse novo Silas e essa nova Charlie.

Never Never é um livro curto, com uma pegada bem thriller num livro que deveria inocentemente ser apenas YA e envolver um pouco de mistério, e a cada página minha angustia só aumentava. Era claro que havia algo de errado com os personagens e isso não era só apenas sobre a perca de memória repentina e coincidentemente apenas com os dois. Não sabemos quem é Charlie nem Silas. Aos poucos, conhecemos quem eles estão sendo, quem estão se tornando e quem eles foram.

Me faltam palavras para descrever minha sensação ao ler esse livro, juro juradinho. É como se eu estivesse tão sem informações quanto eles. Me identifiquei muito com a Charlie e com o Silas. A forma como eles pensam, agem, se encontram e se descobrem. É interessante o modo como as autoras escrevem esse livro porque elas sabem de tudo e só nos jogam migalhas de respostas durante toda a história.

A narração é intercalada entre os POVs de Charlie e Silas e eles são bizarramente humanos e reais. E a escrita é envolvente, inebriante, cada palavra é importante e nenhum detalhe é atoa. Aos poucos, percebemos que pequenas ações, diálogos e coisas são passadas despercebidas e eram realmente relevantes para a história. A forma como me envolvi com os personagens... impressionante. Colleen Hoover tem esse dom de tocar e surpreender, mas dessa vez ela foi mais longe ao lado de Tarryn Fisher. Me senti parte de Charlie e Silas. Suas dúvidas foram também as minhas dúvidas. Seus medos foram também os meus medos. Suas descobertas também foram minhas descobertas.

Recomendo demais esse livro se você quer se sentir cego, despreparado e impotente ao ler uma história. Foi a primeira vez que me senti assim num livro e recomendo que você sinta também. No final desse livro, parece que eu sabia menos naquele momento do que quando tinha começado a leitura. Sério, tô impressionada com a capacidade das autoras.

E fica aqui minha indignação: olhem aki, kiridinhas, como vcs ousam?????????


Foram duas tentativas frustradas de ler esse livro. Na primeira, fiquei entediada. Na segunda, eu não tinha outro livro para ler e estava no meio da estrada - a leitura quase deu certo. Na terceira e última, respirei fundo e disse para mim mesma: é agora ou nunca. E foi. Li o livro como Obsidian mas está sendo publicado pela Editora Valentina como Obsidiana (eu estranhei um pouco já que conheço o livro há muuuito tempo pelo título original, mas ainda assim a tradução faz sentido).

Não sei se vocês sabem, mas tenho uma relação de amor e ódio com a Jennifer L. Armentrout. Não sabe quem é ela? Ela escreveu Half-Blood (tem resenha no blog!) e Wait For You, new adult que publicou como J. Lynn. A escritora foi muito feliz em escrever Half-Blood, mesmo que as más línguas digam que é um Vampire Academy em sua versão mitologia grega. O que é bem verdade, devo dizer, mas em nenhum momento as semelhanças me incomodaram. Então, sempre namorei Obsidian mas como estava numa onda NA, resolvi embarcar na leitura de Wait For You e foi um desgosto. Essa experiência atrapalhou demais na minha leitura de Obsidian já que eu tinha me decepcionado demais com a Jennifer.

Kat é a personagem principal, se mudou para uma cidadezinha afastada em Virginia e se tornou vizinha de Daemon e Dee. Ambos incrivelmente atraentes e misteriosos e aliens (ou luxens), devo adicionar. Logo Kat se identifica e faz amizade com Dee, uma garota amigável, super sorridente e que tem uma alma linda, ao contrário de seu irmão Daemon. Ele é atraente, sarcástico e imponente. (Falo mais deles em um parágrafo único.) Mas, ao contrário do que eu esperava, Kat é uma adversária a altura de Daemon, ainda que a atração e a química entre eles seja inegável e não mede as palavras quando tem que dar a ele uma resposta merecida. A melhor parte sobre a personagem principal é que (preparem-se psicologicamente porque vocês vão se identificar!): ela nutre uma paixão por livros e tem um blog de resenhas. Apesar de que a autora nos mostra ela gravando vídeos de book haul e futricando no layout do blog, a Kat não lê livro nenhum.

Em uma situação de descuido, Kat se vê de cara com a morte e é aí que Daemon a salva com seus poderes. Quando se usa tanto poder assim, um rastro é deixado em quem estiver por perto e a aura de Kat passa a brilhar tanto quanto um farol durante a noite. Dessa forma, Kat atrai aurums, seres inimigos dos Luxen, e não só sua vida está em risco mas também de Dee, Daemon e seus amigos aliens. É dessa forma em que ocorre a aproximação entre Daemon e Kat (carinhosamente apelidada a contra gosto de kitty/gatinha) e passamos a conhecer melhor o interesse romântico da personagem principal.

Quem já leu alguma resenha minha sabe que eu costumo fazer resenhas extensas, contendo parágrafos exclusivos para descrever os personagens mas com esse livro não senti nenhum pingo de vontade de fazer isso. Os personagens me parecem rasos e não caíram muito no meu gosto. Não me envolvi muito na história e nem criei vínculos com nenhum deles. É tão chato quando isso acontece, né? Quem é leitor sabe que uma das maravilhas da leitura é ter aquela sensação gostosa de se identificar e se apegar com os personagens, torcer a favor e contra, chorar e rir.

Obsidian não foi bem uma decepção. Eu já tinha entendido que não ia ser uma leitura maravilhosa mas eu só parei de ler quando terminei. Primeiro porque eu me obriguei a terminar esse livro; segundo porque a leitura foi até boazinha. Eu sei que Crepúsculo se tornou uma referência para o YA assim como, sei lá, Belo Desastre para NA mas as semelhanças me incomodaram um pouco. Em questão de personagens, a única semelhança é o "grupo" - assim como temos em Crepúsculo, Edward, Jasper, Alice, Rosalie e Emmett, em Obsidian temos Daemon, Dee, Adam, Andrew e Ash. Mas a ordem cronológica de acontecimentos é muito parecida. Eles se conhecem. Ele salva ela. Ela descobre o que ele é. Ela é atacada. Ela é alvo de vingança. Batalha final.

Há quem possa gostar desse livro já que o Daemon tem uma arapuca de sedução armada e qualquer um pode cair nela, hahahaha. Fica aqui minha mais sincera opinião e se você discorda ou concorda, deixa aqui seu comentário que vou ficar feliz em conversar sobre o livro!

Sinopse: "Quando nos mudamos para a Virginia Ocidental, justo quando começava o último ano na escola, acreditei que ia encontrar uma vida entediante num local onde nem teria internet para atualizar meu blog literário. E então eu conheci meu vizinho, Daemon. Alto, bonito, com uns olhos vezes impressionantes…e também arrogante, idiota e mal criado. Mas isso não é tudo. Quando um desconhecido me atacou, Daemon usou seus poderes para me salvar e depois me confessou que ele não era desse planeta. Sim, você leu certo. Meu vizinho é um alienígena sexy e insuportável. Acontece que ele, e sua irmã, tem um monte de inimigos que querem sugar seus poderes. E, se isso ainda fosse pouco, agora a minha vida corre perigo simplesmente porque vivo perto deles."
 

Hoje no Aleatoriamente 3, o qual é basicamente uma lista de três itens escolhidos por tema, selecionei as minhas rainhas do new adult. Depois de ler muitos livros do gênero, eu percebi que nesse meio existe livros que vieram só para te trazer diversão e apagar seu fogo; e outros que vieram para acrescentar algo na sua vida. Se tem uma coisa que eu prezo muito em histórias, é quando conseguem me passar uma lição sem que eu perceba. Amy Harmon, Jessica Sorensen e Colleen Hoover (apesar da nossa relação de amor e ódio, mais amor que ódio) me deram um sermão a cada obra e compartilharam comigo pequenas demonstrações de sabedoria, amor, compaixão, redenção e perdão.

Colleen Hoover, imagino eu, é a mais conhecida entre as três e não só escreve NA como YA também. Autora dos livros Métrica, Um Caso Perdido, O Lado Feio do Amor, já publicados no Brasil, Nunca Nunca (autoria compartilhada com Terryn Fisher) e Maybe Someday que será o próximo lançado aqui no país, ela ainda conta com Confess, recentemente lançado e November 9 (que será lançado em 10 de novembro de 2015). Já falei muito dela em minhas resenhas e um de seus livros, Maybe Someday, é meu livro preferido e me tocou de forma que nenhum outro dela conseguiu. 


Amy Harmon, apesar de ainda ser pouco conhecida no Brasil, é o meu apego mais recente em relação a escritores. Me apaixonei por sua sensibilidade e escrita. Beleza Perdida, publicado pela Editor Verus, é o meu livro preferido da autora e com muita razão. É emocionante, profundo e bonito. Mais um livro seu chegará pela Verus, entitulado de Infinito + Um, e só me deixa mais ansiosa. Outro que provavelmente dará as caras no Brasil é The Law of Moses. Tenho planos para publicar resenhas (e trilha sonora de Beleza Perdida!!!) dos livros em breve. Podem esperar!

 
Jessica Sorensen, escreveu algumas muitas séries e sua principal característica são as séries longas nas quais as histórias serpenteiam entre todos os personagens. Você pode conhecê-la por O Segredo de Ella e Micha, única série dela já publicada aqui no Brasil, e a minha série preferida é The Coincidence. Quase todas suas obras são NA apesar de já ter escrito algumas sobrenaturais e YA, como Shattered Promises, Death Collectors, e Sins. Ela tem muitos livros publicados mesmo. Algumas outras séries NA são Nova, Sunnyvalle, Honeyton. Por mim, que ela escreva muito muito mais, não me canso dessa queridíssima! Já aviso que as capas são ma ra vi lho sas.




Devorei esse livro e só consegui dormir quando terminei a leitura, eu queria saber o que ia acontecer logo em seguida e mais e mais... No entanto, vamos combinar, podia ter sido muito melhor. Victoria Aveyard poderia ter sido mais criativa, ter mais originalidade ao criar o mundo e ao tecer a trama. Assim que finalizei a leitura do livro, eu queria correr e escrever uma resenha, mas tive que esperar os ânimos se acalmarem.

Em A Rainha Vermelha,  o mundo está dividido de acordo com a cor do sangue. Prateados e Vermelhos. Todos os Prateados tem o dom de controlar um dos elementos e isso os faz superiores aos Vermelhos que são meros criados e trabalhadores. Eles moram em palafitas, caminham em lamaceiros e em algumas cidades mal se vê o Sol durante o dia por causa da fumaça das indústrias. A guerra por água, eletricidade e tecnologia está estourada e só prejudica ainda mais a vida dos Vermelhos. Enquanto isso, os Prateados vivem em abundância e exalam preconceito e soberba.

Mare é a  personagem principal. Criada em Palafitas, ela só está a espera do próximo outono para que seja enviada para a guerra. É o que acontece quando os jovens atingem uma certa idade e ainda não tem emprego ou não são aprendiz. Seus três irmãos mais velhos foram enviados para a guerra e sua irmãzinha é a única da família que conseguiu uma oportunidade como aprendiz. Enquanto sua hora de ir a guerra não chega, Mare usa seu tempo no meio da multidão e na feira, enfiando em seus bolsos tudo o que pode sem ser pega. Ela é uma ladra ágil e esperta. Seu melhor amigo, Kilorn, está prestes a ser enviado para a guerra também. E é neste momento em que Mare se envolve em uma situação que a faz se tornar criada do Rei. Em um momento crítico, Mare descobre que tem poderes mesmo sendo uma vermelha. O Rei a aprisiona no palácio e a torna futura princesa, fazendo dela e do príncipe mais novo, Maven, noivos. 

É uma história clichê, devo começar dizendo. Os acontecimentos são previsíveis e, como se não bastasse, você repara muitas semelhanças com outras obras. Muitas mesmo. Parece que a autora leu, gostou de vários livros que estão na moda do momento e resolveu misturar tudo, resultando então em A Rainha Vermelha. Funcionou? Até funcionou porque eu devorei o livro em um tempo curto. Mas as semelhanças são bizarras e a autora nem tenta disfarçar. Eu li algumas resenhas por aí e todos diziam a mesma coisa mas ninguém chegou a citar quais foram esses livros que serviram de inspiração para a escritora. Não entendi o mistério. Vamos lá... Todo mundo que lê repara que é uma mistura louca entre Jogos Vorazes + A Seleção + [Insira aqui uma série com poderes, sugestões: Estilhaça-me, Sombra e Ossos, Mentes Sombrias, entre outros] + Divergente + provavelmente mais algum que eu ainda não li.

Os personagens e a história não me convenceram muito e eu acho que foi por causa da sensação de familiaridade, aquela coisa de "parece que já li isso em algum lugar" e realmente já ter lido. Mare não me pareceu muito autêntica por esses motivos apesar de que eu até simpatizei com ela. As personagens de YA normalmente me deixam nervosa e não senti muito isso com a Mare. Em momento algum me impliquei com ela e achei uma personagem até OK. Podia ser mais original mas fazer o que né?

Os outros personagens não estão longe disso. Mare é péssima pra romance, não tem química com nenhum personagem mesmo tendo um leque de opções. Tudo começou ok, com o romance estilo Katniss e Gale, foi fofo mas aí a autora foi perdendo a noção e acabou que Mare não combinava mais com ninguém. Achei que a melhor construção que tivemos foi Maven, o príncipe, filho mais novo do rei, e ainda assim atitudes tomadas por ele foram simplesmente... esquisitas. A construção do personagem simplesmente não fazia jus com as atitudes e não me senti convencida com a explicação. O mesmo vale para Cal, outro príncipe, o futuro Rei. Ele era um personagem que tinha tudo para ser legal porque ele tem uma moral defeituosa mas a autora estragou tudo quando começou a colocá-lo num pedestal. Tudo que ele fazia era perfeito. Sabia lutar e vencer qualquer um, dançava muito bem, era charmoso e não sei o que mais. Sem contar que foi total high school quando os deparamos com mean girls que não gostavam de Mare, tinham inveja dela e insistiam em implicar com a garota. Boring.

No entanto, o final é que o dá o gás para o livro. Ele tem ação e emoção. Você vê personagens lutando pela dignidade, pelo que acredita e também pela própria vida. É uma reviravolta daquelas de tirar o fôlego. Pelo menos, comigo aconteceu o seguinte: quando finalmente eu estava assimilando o plot twist, a autora me presenteou com outro. Não digo que foi um cliffhanger mas, nossa, foi realmente um feito aquele final. A autora foi muito muito feliz com o plot twist e eu tenho certeza que muitos dos fãs que ela adquiriu para a história foi por causa do final. É tão inebriante que você esquece de muito que te irritou durante a leitura, por isso eu disse lá em cima que tive que acalmar os ânimos antes de vir fazer a resenha. Não seria uma resenha justa se eu ainda estivesse afetada pelo final.

Enfim, não me arrependi da leitura e recomendo. Tem aquele ar "familiar" que pode ou não ser agradável. Vi que essa junção de histórias funcionou para muita gente e pode funcionar para mais gente também. Os personagens não são de todo mal e o final compensa quase tudo que deu errado durante o desenvolvimento.

Se você já leu, tendo gostado ou não, deixe um comentário e vamos conversar sobre A Rainha Vermelha! E se você não leu mas vai ler, volta aqui e vem comentar. Esse é um livro que precisamos de um ombro amigo para ajudar a digerir aquele final.

Não é segredo que a Sarah Dessen é minha autora de YA preferida. Quando leio algum de seus livros, sou presenteada pela Sarah com a melhor das sensações... Sua escrita é leve e ao mesmo tempo é profunda. Nenhum detalhe passa despercebido e nem é deixado para trás. Em seus livros, as pequenas coisas não são apenas pequenas coisas porque ganham significado e importância. Não é atoa que seus livros se encaixam no sub-gênero coming of age que numa tradução livre significa "vindo com a idade" e já diz tudo. Em suas histórias, facilmente nos identificamos com os personagens e os assuntos tratados é bem aquilo que já passamos ou estamos passando. Às vezes, nos deparamos com temas dramáticos como estupro, violência e abandono, e junto com os personagens aprendemos a lidar e superar com esse tipo de coisa. Sarah Dessen consegue ser muitas vezes ser didática em seus livros e faz isso com muito carinho e compreensão.

Sydney sempre viveu sob a sombra do irmão mais velho Peyton. No entanto, não vivia assim por ser super protegida mas super esquecida... Ela sempre se sentiu deixada de lado pelos pais e por todo muito já que Peyton sempre atraiu as atenções para ele. O garoto atraia olhares por sua coragem, por sua beleza mas, com o passar do tempo, começou a atrair a atenção de policiais por desobediência e infrações da lei. Depois de passar um tempo na reabilitação, Peyton estava indo muito bem, longe de problemas até que tem uma recaída e, bêbado, atropela um rapaz que acaba numa cadeira de rodas.

Seus pais sempre viram Peyton como o menino da casa e acreditam em sua inocência. Sydney acredita que depois do acidente, eles cairiam em si e perceberiam que o irmão não é assim tão bonzinho e que deveria pagar por seus crimes. Mas não. Parece que as coisas só pioram, as dívidas com advogados vão se acumulando e as coisas só pioram para Sydney. Querendo ajudar os pais, ela se transfere para o colégio Jackson. Saindo da escola, Syd resolve comer um pedaço de pizza em busca da sua antiga rotina na Seaside Pizza e é aí que somos inseridos na caótica e maravilhosa vida da família Chatham.

O primeiro membro da família Chatham a dar seu ar da graça é Layla, a bonitinha da família, que trata batatas fritas como coisa séria (com direito a ritual de preparação e temperos únicos) e acolhe Sydney como um deles. Ela é carismática e esperta e em pouco tempo se torna melhor amiga de Sydney, trocando confidências e amparando uma a outra. Conhecemos também Rosie, a irmã mais velha e estrelinha da família, que teve problemas com drogas depois de se lesionar treinando patinação no gelo e se viciar nos medicamentos. E, o último filho mas não menos importante, Mac - o inventor que deveria ser engenheiro. Mac é um querido, entrega pizzas da Seaside Pizza, está sempre com um livro do colégio em mãos e lutou muito para se tornar a pessoa que ele queria ser. A mamãe Chatham tem esclerose múltipla e é fã de Big New York, assim como Sydney. E o papai Chatham dirige a pizzaria e proibe que a jukebox toque algo que não seja bluegrass. Eles são calorosos e cuidadosos. E enxergam Sydney. Tudo que ela precisava no momento.

Enquanto Sydney se envolve com os Chatham, seus pais estão empenhados em tirar Peyton dos maus lençois em que ele está. Muitas das vezes eu queria dar um tiro em sua mãe porque ela simplesmente fazia pouco caso da Sydney e dois tiros no pai porque ele só via e a olhava com compaixão, sem se levantar por ela nenhuma vezinha. Somos envolvidos na história de uma forma que... nossa, é difícil se desvencilhar uma vez que embarcamos na leitura. Juro. Eu senti tudo que a Sydney sentiu e chorei muitas vezes junto com ela.

Sarah Dessen, como sempre, manteve seu nível de escrita lá em cima. O desenvolvimento da trama é impecável, tudo acontece em seu tempo certo e fui muito feliz nessas quatrocentas páginas. Eu tentei ler devagarzinho tentando saborear cada palavra, mas tudo que eu queria era ler mais e mais e saber o que ia acontecer em seguida. Os personagens são desenvolvidos de uma forma muito real e quase são palpáveis de tanta vida que a autora deu a eles. É como se pudéssemos ver uma Sydney ou um Mac andando por aí... Como em todos os seus livros, tudo tem um significado. O título, a capa (tanto a americana quanto a brasileira, apesar de suas diferenças. E cada uma tem sua beleza!) e a trama.

No fim, nós sabemos o porque desse livro ter sido escrito e o porque de certos temas terem sido abordados. Aprendemos um pouquinho mais, nossos preconceitos são quebrados e largados de lado. E somos apresentados a uma verdade muito... verdadeira: existem muitos pontos de vistas e às vezes o nosso pode estar errado. Criamos coragem de falar com nossa própria voz junto com Sydney, temos nosso coração partido com Layla, superamos e abrimos nossos olhos com a família de Sydney. É uma leitura bonita, didática e refrescante.

Nunca vou me arrepender de ler algo da Sarah Dessen e sempre me deliciarei com a sua sutileza, com o carinho colocado na história e a compaixão passada aos personagens. Não é uma leitura atoa e improvável, é sempre uma leitura que nos acrescenta e nos ajuda a melhorar como pessoas.

(imagem do google)

Tahereh Mafi escreveu a série Estilhaça-me, uma das minhas preferidas da vida, e como se não bastasse ela também é casada com Ransom Riggs, autor de O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares! Essa mulher é um sucesso além de ser muito querida <3

Hoje a própria divulgou a data de lançamento do seu próximo livro, chamado Furthermore, e será publicado em 30 de agosto de 2016. Há mais de um ano, a Publishers Week (clique para ler o artigo completo, em inglês) divulgou sobre Furthermore, mais ou menos assim:

"O primeiro volume, Furthermore, conta a história sobre dois mundos e sua inigualável heroína: Alice Alexis Queensmeadow, de doze anos. Quando o pai de Alice desaparece de Ferenwood, ele não levou nada além de uma régua consigo, e depois de quase seis anos, ela embarca em uma jornada em busca dele." (tradução livre)
Tahereh divulgou em seu facebook há um tempo, a sinopse do livro, confira a seguir:
"Alice Alexis Queensmeadow de doze anos, tem apenas três coisas no mundo que importam: Mãe, que não sentiria sua falta; irmãos trigêmeos, que nunca a conheceram; e pai, que sempre a amou. O dia em que o pai desapareceu de Ferenwood, ele não levou nada consigo além de uma régua, então alguns disseram que ele foi medir o mar. Outros dizem o céu. A lua. Talvez ele tenha aprendido a voar e se esqueceu de como voltar para baixo. Mas já faz quase seis anos desde então e Alice está determinada a encontrá-lo. Ela ama seu pai mais que ama aventura e ela está prestes a embarcar em uma para encontrar o outro. Custe o que custar." (tradução livre)
E junto, compartilhou um pouco sobre a história de Furthermore:

"Era uma vez, uma garota nasceu. Isso foi bastante monótono.

Seus pais estavam felizes o suficiente: a mãe contente por não ter que carregá-la mais; o pai contente por acabar com o mistério. Mas um dia eles perceberam que seu bebê, chamado Alice, não tinha nenhum pigmento. Seu cabelo e sua pele eram brancos como o leite, seu coração e seus ossos eram suaves como seda. Seus olhos só tinham apenas uma mancha de cor: apenas um toque da mais clara sombra de mel. Era o tipo de criança que o mundo não apreciaria.

Ferewood tinha sido construída em cor. [...] Seu povo sempre foi conhecido como o mais iluminado - modelado após os planetas, eles diziam - e a jovem Alice foi considerada muito fraca embora não soubesse disso.


Era uma vez, uma garota que foi esquecida." (tradução livre)

Tahereh disse também que Furthermore "é tipo um conto de fadas, uma história onde a mágica é um dever, a aventura é inevitável e a amizade pode ser encontrada nos lugares mais inesperados.".
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Bianca Karina Teles

Tenho 19 anos. Sou goiana, leitora, aspirante a cozinheira, falo pelos cotovelos, a série da minha vida é One Tree Hill, e gosto muito de batom escuro.

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