
Sydney sempre viveu sob a sombra do irmão mais velho Peyton. No entanto, não vivia assim por ser super protegida mas super esquecida... Ela sempre se sentiu deixada de lado pelos pais e por todo muito já que Peyton sempre atraiu as atenções para ele. O garoto atraia olhares por sua coragem, por sua beleza mas, com o passar do tempo, começou a atrair a atenção de policiais por desobediência e infrações da lei. Depois de passar um tempo na reabilitação, Peyton estava indo muito bem, longe de problemas até que tem uma recaída e, bêbado, atropela um rapaz que acaba numa cadeira de rodas.
Seus pais sempre viram Peyton como o menino da casa e acreditam em sua inocência. Sydney acredita que depois do acidente, eles cairiam em si e perceberiam que o irmão não é assim tão bonzinho e que deveria pagar por seus crimes. Mas não. Parece que as coisas só pioram, as dívidas com advogados vão se acumulando e as coisas só pioram para Sydney. Querendo ajudar os pais, ela se transfere para o colégio Jackson. Saindo da escola, Syd resolve comer um pedaço de pizza em busca da sua antiga rotina na Seaside Pizza e é aí que somos inseridos na caótica e maravilhosa vida da família Chatham.
O primeiro membro da família Chatham a dar seu ar da graça é Layla, a bonitinha da família, que trata batatas fritas como coisa séria (com direito a ritual de preparação e temperos únicos) e acolhe Sydney como um deles. Ela é carismática e esperta e em pouco tempo se torna melhor amiga de Sydney, trocando confidências e amparando uma a outra. Conhecemos também Rosie, a irmã mais velha e estrelinha da família, que teve problemas com drogas depois de se lesionar treinando patinação no gelo e se viciar nos medicamentos. E, o último filho mas não menos importante, Mac - o inventor que deveria ser engenheiro. Mac é um querido, entrega pizzas da Seaside Pizza, está sempre com um livro do colégio em mãos e lutou muito para se tornar a pessoa que ele queria ser. A mamãe Chatham tem esclerose múltipla e é fã de Big New York, assim como Sydney. E o papai Chatham dirige a pizzaria e proibe que a jukebox toque algo que não seja bluegrass. Eles são calorosos e cuidadosos. E enxergam Sydney. Tudo que ela precisava no momento.
Enquanto Sydney se envolve com os Chatham, seus pais estão empenhados em tirar Peyton dos maus lençois em que ele está. Muitas das vezes eu queria dar um tiro em sua mãe porque ela simplesmente fazia pouco caso da Sydney e dois tiros no pai porque ele só via e a olhava com compaixão, sem se levantar por ela nenhuma vezinha. Somos envolvidos na história de uma forma que... nossa, é difícil se desvencilhar uma vez que embarcamos na leitura. Juro. Eu senti tudo que a Sydney sentiu e chorei muitas vezes junto com ela.
Sarah Dessen, como sempre, manteve seu nível de escrita lá em cima. O desenvolvimento da trama é impecável, tudo acontece em seu tempo certo e fui muito feliz nessas quatrocentas páginas. Eu tentei ler devagarzinho tentando saborear cada palavra, mas tudo que eu queria era ler mais e mais e saber o que ia acontecer em seguida. Os personagens são desenvolvidos de uma forma muito real e quase são palpáveis de tanta vida que a autora deu a eles. É como se pudéssemos ver uma Sydney ou um Mac andando por aí... Como em todos os seus livros, tudo tem um significado. O título, a capa (tanto a americana quanto a brasileira, apesar de suas diferenças. E cada uma tem sua beleza!) e a trama.
No fim, nós sabemos o porque desse livro ter sido escrito e o porque de certos temas terem sido abordados. Aprendemos um pouquinho mais, nossos preconceitos são quebrados e largados de lado. E somos apresentados a uma verdade muito... verdadeira: existem muitos pontos de vistas e às vezes o nosso pode estar errado. Criamos coragem de falar com nossa própria voz junto com Sydney, temos nosso coração partido com Layla, superamos e abrimos nossos olhos com a família de Sydney. É uma leitura bonita, didática e refrescante.
Nunca vou me arrepender de ler algo da Sarah Dessen e sempre me deliciarei com a sua sutileza, com o carinho colocado na história e a compaixão passada aos personagens. Não é uma leitura atoa e improvável, é sempre uma leitura que nos acrescenta e nos ajuda a melhorar como pessoas.
Nossa Bianca, que resenha maravilhosa! Gostei muito da maneira como você escreveu sobre o que leu e o que sentiu em sua leitura. Estou super curiosa sobre o livro. Dica mais que anotada. E espero sinceramente que ele me deixe assim, como você ficou ao ler.
ResponderExcluirAdorei seu cantinho. Já estou seguindo aqui e em suas redes sociais.
Sucesso. Bjus
Lia Christo
www.docesletras.com.br
Esse livro foi o meu primeiro contato com a autora e fiquei simplesmente apaixonada. As pessoas sempre falavam bem dele pra mim, mas eu não imaginava gostar tanto. Acho que você disse tudo quando falou que ela trata de temas profundos com leveza e de forma muito sutil. A identificação com os personagens vem facilmente, seja você adolescente ou que já tenha vivido essa fase. Parabéns pela resenha maravilhosa e que conseguiu captar a essência do livro <3
ResponderExcluirBeijos,
Bia.
www.nasuaestanteblog.blogspot.com | @NaSuaEstante_
Oie, Bianca! Tudo bem?!
ResponderExcluirQue resenha linda. Eu já tinha visto um vídeo da Pam recomendando e tinha gostado da proposta da obra. Só li dois livros da Sarah ou foi só um, não me lembro direito agora. É verdade, as estórias que ela escreve são simples, intensas e envolventes. Quero muito ler!!! Sua resenha só me motivou mais.
Também estou assim com um livro que comprei, Filho Dourado, eu parei de ler por um tempo porque não queria que a estória acabasse kkk.
Beijin...
http://piecesofalanagabriela.blogspot.com.br