Título: Anjo Mecânico, da série As Peças Infernais;
Autor: Cassandra Clare;
Sinopse: Anjo mecânico apresenta o mundo que deu origem à série Os Instrumentos Mortais, sucesso de Cassandra Claire. Nesse primeiro volume, que se passa na Londres vitoriana, a protagonista Tessa Gray conhece o mundo dos Caçadores de Sombras quando precisa se mudar de Nova York para a Inglaterra depois da morte da tia. Quando chega para encontrar o irmão Nathaniel, seu único parente vivo, ela descobrirá que é dona de um poder que capaz de despertar uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das forças do submundo. (Fonte)

 Anjo Mecânico foi lançado recentemente, pela Galera Record, é o primeiro volume da série As Peças Infernais, escrita por Cassanda Clare - a mesma autora de Os Instrumentos Mortais -, e confesso que não estava tão animada e disposta a realizar essa leitura. Bom, ainda bem que me deu a louca e eu resolvi ler.

Assim como os livros da série Os Instrumentos Mortais, Anjo Mecânico nos traz mais uma história sobre Caçadores de Sombra e Habitantes do Submundo. Já comecei pendendo pro caminho da comparação, é difícil não comparar as duas séries quando compartilham, além do mesmo assunto, a mesma autora. Ainda com dois fortes aspectos em comum, cada uma trilha um caminho completamente diferente da outra, e me arrisco a dizer, - ok, risca isso, eu corrijo: eu afirmo com toda a certeza do mundo, sem me arriscar a contradições - que imaginação e genialidade de Cassandra Clare não tem limite.

A primeira frase do livro indicava a data que a cena estava ocorrendo e foi aí que eu fiquei completamente louca. "Londres, abril de 1878" - dizia a primeira frase. Eu sou paranóica por cenários de séculos passados, nada me encanta mais que todo esse ar antigo, histórico, medieval - vocês conseguem me entender? No momento, esqueci a palavra que deveria ser dita. Achei incrível a Londres nublada, gélida, de tanto requinte, vestidos longos e até chapéus. Ainda mais por se passar por esse século, a autora nos traz a história dos antecedentes dos personagens de Os Instrumentos Mortais - é abordado o fato das mulheres caçadoras de sombras não serem em grande quantia por um leve pesado, digamos, "preconceito" e ainda (SPOILER! Se você não leu Os Instrumentos Mortais, pelo menos, até o terceiro e pretende ler, pule a próxima frase e parta para o próximo parágrafo) nos apresenta de onde vem tanto sarcasmo de Jace, apresentado como Will, é meio inevitável relacioná-los, além da linhagem, mas pela personalidade semelhante. (Fim de SPOILER!)

Gentxeee, que livro incrível. A narração de Cassandra ainda é impecável, com toda aquela onda de mistérios, perguntas abertas e ganchos a continuação. Por conhecer tão bem sua escrita, sei que todas as pontas serão amarradas no fim. Ela soube criar, mais uma vez, um ótimo enredo e desenvolvimento. A autora se superou - o que aconteceu é que a história está recheada de ação. Ação, ação, ação e ação. É muito movimento, é muita tensão, é muito suspense, parece que tudo acontece de uma hora pra outra e quando você pensa que não tem mais nada pra acontecer, tcharã... Lá vem a tia Cassandra tirar seus pés do chão e abaixar seu queixo.

Bom, e algo que eu não poderia deixar de comentar é o dom de Tessa. Tessa pode ter seu corpo transformado em qualquer outro, desde que esteja com um pertence da pessoa escolhida, e continuar com sua alma. É um detalhe diferente que a personagem carrega, é intrigante, na verdade. Ninguém nunca ouviu falar de algo assim, ainda mais quando acontece de Tessa transformar-se em um corpo morto, ela tomar consciência dos últimos fios e momentos de vida que o corpo carregava.

"Tessa a observou, pertubada e perplexa. Como ela não pôde ter visto antes? Como ela pôde ter sido tão cega? Quão estranho é ter o poder de literalmente se transformar em outras pessoas, e ainda assim ser tão incapaz de se colocar no lugar delas."

Não tenho nada a dizer para esse livro além de incrível, impecável, inimaginável, surpreendente e, recentemente, um dos meus prefediletos - é uma mistura das palavras "preferido" e "predileto", a qual direciono apenas quando é realmente merecedor, rsrs. É altamente recomendado por minha pessoa.

Até mais,
Bianca.