Resenha: Delírio

Delírio, Lauren Oliver
Avaliação:
Sinopse: Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura? (Fonte)
 Delírio é um livro tão comentado e desejado! E com ótimas razões: Lauren Oliver, na minha humilde concepcção é incrível; Além da distopia que o livro carrega prometer muito. Conheci a autora pelo livro Before I fall, ou em português, Antes que eu vá (resenha aqui), e o mesmo se tornou um dos meus livros prediletos - basta ler a resenha pra saber de onde tirei tanto apreço por esse livro e pela autora. E depois dessa experiência, conhecer a proposta de distopia que Delírio trazia, me fez delirar para ler tal livro o mais rápido possível (que trocadilho mais eca! Hahaha).

O que todo mundo já sabe é que a trama baseia-se na vida de Lena, uma órfã, que reside em um país onde há a cura para o amor, que é tratado como uma doença. A doença amor deliria nervosa é tratada como a pior das piores doenças que um ser humano poderia contrair, depois de tanta infelicidade, insegurança e desgraça, descobre-se a cura para o amor - a cura de toda a dor e para toda uma vida tranquila. A mãe de Lena passou por três procedimentos da cura, mas nenhum deu certo; Lena cresceu sendo amada, com uma mãe feliz que sabia fazê-la feliz, mas isso até sua mãe se matar. Depois do trauma, Lena passa a morar com os tios e a contar os dias para sua cura, que aconteceria pouco antes de fazer 18 anos. Mas enquanto a data da cura não chega, ela adoece; Lena se apaixona.

Lena é chata, sério. Mas, como sempre, Lauren constrói os personagens baseando-se na realidade. Lena é chata, mas é real. Lena tem medo de tudo, vive sob regras e não as contesta, apenas acredita nelas. Acredita que todos os limites impostos pelo governo é para seu bem e sua proteção. Por todo esse medo e crença, ela é chata, mas é real. Acabo entendendo seu medo e a vida que ela vive. Admito que, vivendo numa sociedade como aquela, também respeitaria os limites e regra.

É meio sufocante quantas regras há na sociedade em que Lena vive e o quão radicais são. É esquisito. Em cada começo de capítulo, há uma citação de algum livro de alguma coisa da sociedade. Repito: é esquisito. Tive uma impressão de que o governo é baseado na doença amor deliria nervosa, parece que todas as regras são feitas em cima da doença. Não sei explicar muito bem isso, mas é exatamente assim que me sinto sobre o governo.

A história se arrasta nas, sei lá, 100 primeiras páginas, mas ainda assim, são nessas páginas onde Lauren nos surpreende. Passado da metade, o livro é previsível, as ações de Lena são previsíveis, os acontecimentos são previsíveis e tudo se torna, irremediavelmente, previsível. Digo irremediavelmente previsível porque a pegada do fim é onde, aparentemente, Lauren tenta superar esse previsível e já é tarde demais, não dá mais pra ajeitar, nem mesmo surpreender. Além disso, da mesma forma que a autora emprega a realidade nos personagens, ela tira dos acontecimentos. Em algumas cenas, parece que o mundo conspira a favor de Lena e, hello-o-o, Lauren, isso não costuma acontecer! Sem contar que Lena, de vez em quando, é banal. Babaca mesmo! Faz coisas que, velho, dá vontade de dizer: dã!

Lauren ainda tem meu voto de confiança e de fé; mesmo que eu tenha idéias de caminhos que o próximo livro possa tomar. Minha avaliação fica em 3, tirados dois pontos graças a previsibilidade e a banalidade de algumas cenas. Ainda assim, realize essa leitura, quem sabe sua opinião possa ser diferente (pra melhor ou pra pior, claro, hehehe).

Até mais,
Bianca.

PS: Entrei de férias na sexta-feira passada, e como quero concluir a minha meta de leitura (50 livros até o fim de julho), estarei atualizando o blog com mais frequência.

Bianca

3 comentários:

  1. Fiquei curiosa a respeito desse livro, achei muito interessante a ideia de tratar o amor como uma doença, é meio radical mas muito peculiar. E espero que você consiga alcançar sua meta Bianquinha! o/
    bjs
    http://esquiloscorderosa-ruama.blogspot.com.br/

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  2. Nóoo, falou tudo!

    Lena é chata pra c******, HUAHUAHAUHA

    Não, sério, achei o livro um tédio e até agora nem terminei as últimas 15 páginas. Mas né.

    E, aaah, férias ne? To começando a movimentar minhas resenhas também, rs. Boa sorte na sua meta, Bi õ/rs

    - Mentecaptos Por Livros

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  3. Ahh, eu não achei tão previsível assim. Claro que certas coisas é impossível não imaginar, mas ainda assim.
    Eu acho que pra Lena faltou carisma, ela é bem real, verdade, até porque existem um bilhão de pessoas que não são carismáticas.

    Eu até gostei do livro, embora o início tenha sido um tanto massante. E concordo que Antes que eu vá é simplesmente perfeito, também é um dos meus favoritos *-*

    Beijitos

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